Simulador de Dividendos e Falência

  Veja a seguir um caso de exercícios para previsão de falências em uma planilha Excel, por nós preparado, para as aulas de Administração Financeira ou Análise de Balanços, fazendo-se projeções sobre dividendos ou falências, elaborado a  partir da publicação, disponível na internet dos professores: João Henrique Domingues, Maiko A. Paes de Almeida, Anderson R. Valverde, Eduardo D. Horta e Jerry M. Kato. Abaixo da apresentação estão os links relacionados.

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Debate Sobre Análise Dinâmica De Empresas

A Análise Dinâmica é uma importante ferramenta que nos possibilita analisar a liquidez de uma empresa e sua capacidade de sobrevivência e crescimento de longo prazo.
As principais variáveis que compõem o modelo desenvolvido por Michel Fleuriet são: 1º: Capital de Giro Disponível (CDG) ou Capital Circulante Líquido (CCL); 2º: Necessidade de Capital de Giro (NCG); e 3º: Saldo de Tesouraria (T). Visualmente:

Capital de Giro Disponível (CGD) ou Capital Circulante Líquido (CCL) é aferido pela diferença entre os Ativos Circulantes e os Passivos Circulantes: CCL = AC - PC
Seu resultado identifica se a empresa dispõe de recursos de curto prazo para cobrir suas obrigações de mesmo prazo e se estes recursos são suficientes ou não. Assim:
AC < PC: os recursos de curto prazo da empresa não são suficientes para cobrir as obrigações de curto prazo.
AC = PC: os recursos de curto prazo são suficientes para cobrir as obrigações de mesmo prazo, sem folga.
AC > PC: os recursos de curto prazo são mais do que suficientes para cobrir as obrigações de mesmo prazo.
CCL positivo é salutar para a gestão financeira de uma empresa; no entanto é preciso identificar se o excedente provém de atividades operacionais ou financeiras, pois a recomendação é distinta.
Necessidade de Capital de Giro (NCG) é determinada pela diferença entre os Ativos Circulantes Operacionais e os Passivos Circulantes Operacionais: NCG = ACO – PCO
NCG > 0 (ACO > PCO): indica qual é a necessidade de fontes de financiamento para manter a operação do negócio.
NCG < 0 (ACO < PCO): reflete que a operação do negócio gera excedentes de recursos não onerosos (sem incidência de juros), o que pode resultar em uma situação de liquidez muito boa para a empresa.
O volume de recursos necessários para o giro operacional de uma empresa é determinado pela receita bruta (ROB) e pelo tamanho do seu Ciclo Financeiro (CF), ou seja, NCG = f(ROB, CF).
Na análise da NCG, a gestão de prazos médios da empresa adquire extrema relevância: obter maior prazo junto aos fornecedores (aumento de fontes de financiamento), reduzir o prazo de permanência dos produtos em estoque e o prazo do contas a receber (redução de aplicação de recursos na operação) contribuem significativamente para redução do CF, uma vez que o mesmo é determinado pela equação:
 CF = PME + PMR – PMP
 Onde,
PME = Prazo médio de estoque, PME = (Estoque / Custo Mercadoria Vendida) *360
PMR = prazo médio de recebimento, PMR= (Contas a Receber / ROB) *360
PMP = prazo médio de pagamento, PMP= (Contas a Pagar / Compras) *360
 Visualmente:

Descuidar-se com o ciclo financeiro e apresentar NCG positiva pode levar a empresa a contabilizar grandes perdas financeiras, pois se a mesma não possuir recursos disponíveis ou investidores dispostos a aportar mais recursos, deverá recorrer a fontes de recursos onerosos para a empresa, podendo comprometer a rentabilidade esperada.
A falta de informações contábeis/gerenciais e de controles efetivos do ciclo financeiro pode levar uma empresa a se tornar dependente de recursos de terceiros onerosos (linhas de crédito com juros altos e prazos curtos). Esta é uma situação comumente e vista em empresas de pequeno e médio porte.
 O Saldo de Tesouraria (T) é determinado pela diferença entre o Ativo Circulante Financeiro e Ativo Circulante Financeiro: T = ACF – PCF.
T evidencia se a atividade operacional da empresa gera excedentes (ativos financeiros como caixa e/ou aplicações financeiras, por exemplo) ou obrigações de curto prazo (passivos financeiros, como empréstimos e financiamentos, por exemplo).
As empresas podem trabalhar com algumas combinações de CCL, NCG e T, mas a melhor configuração possível evidencia a existência de CCL (CCL positivo) e em patamares superiores ao da NCG. Deste modo, ocorrendo NCG positiva, o CCL seria suficiente para financiá-la e ainda gerar um saldo positivo de tesouraria (T), garantindo a liquidez da empresa.

Fonte: http://financas-em-foco.blogspot.com/2012/04/debate-sobre-analise-dinamica-de.html